segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Estelionatários suspeitos de golpes de mais de 5 milhões no Estado são presos pela Polícia Civil

Florianópolis- Três estelionatários paulistas foram presos na última semana suspeitos de aplicarem golpes a empresários catarinenses. Os valores arrecadados de forma ilícita podem ultrapassar os 5 milhões de reais. As prisões aconteceram em São Paulo e foram executadas por Policiais Civis da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), através do Grupo de Diligências Especiais (GDE). Em virtude da vida luxuosa que ostentavam, com apartamentos em condomínios de alto padrão e carros importados, bem como, pela influência que o líder do grupo exercia entre políticos, empresários e famosos  a Operação foi denominada de Rei Sol.

Sete empresários que foram vítimas do grupo já foram identificados em Santa Catarina e outros 15, em São Paulo. Mas, há suspeitas de mais vítimas no Paraná e no Rio Grande do Sul. Para tentar localizar outras vítimas dos golpistas, as identidades dos presos foram divulgadas pela DEIC na manhã de hoje (10). Foram presos, em virtude de cumprimento a Mandado de Prisão Preventiva, os advogados Amauri Jacinto Baragatti, 47 anos, considerado líder do grupo  e, Maria Aparecida Tragliano, 57 anos, além de Edilson de Almeida, 42 anos, estudante de Direito, que se dizia também advogado.

Além dos cerca de 5 milhões de reais obtidos de forma ilícita em Santa Catarina, em São Paulo, os estelionatários também lograram os empresários em mais de 10 milhões de reais.

Entenda o caso

Prometendo intermediar financiamentos para captação de recursos empresariais ou imobiliários junto a um Banco Nacional que promove o desenvolvimento econômico, mediante aprovação de projetos, o trio cobrava uma quantia antecipada, que correspondia a uma porcentagem do valor total financiado. Em alguns casos, os financiamentos pretendidos chegavam até 100 milhões de reais. Depois de repassarem o dinheiro para a conta dos estelionatários, eles  desapareciam e o financiamento não era liberado.

Para impressionar os empresários, Baragatti, costumava chegar de jatinho particular às reuniões para apresentar as possibilidades de financiamentos. Ele dizia que era influente no Banco e que era amigo particular de Governadores e Secretários de Segurança Pública de vários Estados, bem como, Cônsul de um país Latino Americano. Mas, até agora, nenhuma destas informações foi confirmada pela DEIC. Sendo que, no Banco, a identidade dele inclusive é desconhecida.

As investigações iniciaram depois que um Boletim de Ocorrência foi aberto  em Tangará (SC), pelo próprio Baragatti, em outubro do ano passado. Naquela ocasião, ele procurou a Delegacia, se passando por vítima, e alegava que um empresário da cidade se negava a continuar um negócio que tinha sido intermediado pela empresa dele. Com a evolução das investigações, foi comprovado que o empresário de Tangará, na verdade, fora alertado por outra vítima, que já havia perdido mais de 1 milhão para o grupo, na tentativa de obter um financiamento, que nunca foi liberado. 

Até o momento, nenhum financiamento junto ao Banco foi liberado através da influência do grupo. As prisões em São Paula aconteceram com apoio das Delegacias de Itaim Bibi e Alphaville. 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário