sexta-feira, 10 de maio de 2013

Prefeitura deflagra regionalização de castração de animais

 

A Diretoria de Bem Estar Animal da Secretaria Municipal de Saúde começou esta semana a regionalizar a castração de animais (cães e gatos) de estimação, ou seja, que têm proprietários. De acordo com o Diretor da Pasta, João Eduardo Pereira Cavallazzi, a meta inicial é castrar 40 animais por dia de atividade, chegando a atingir aproximadamente 600 animais por mês.

As comunidades da Tapera e de Carianos estão sendo as primeiras beneficiadas. Uma protetora de animais voluntária já cadastrou 187 animais na região, mas a expectativa é a de que pelo menos 200 cães e gatos sejam castrados em 10 dias de ação.

Na quarta-feira (8) à tarde, moradores da Tapera faziam fila ou para receber os animais que haviam sido recolhidos no dia anterior para serem submetidos à castração ou para entregar seus bichos de estimação para passar pelo procedimento cirúrgico.

Renata Galindo, que se diz “mamãe” de Nina, cruza de Pitbull com Boxer, de dois anos, estava ansiosa para receber de volta a cachorra que encontrou recém-nascida na rua e levou para casa. Ainda na porta do caminhão da Diretoria de Bem Estar Animal abraçou Nina e respirou aliviada.

“Chorei demais. Me arrependi muito”, comentou Renata, tamanha a saudade que sentiu um dia longe do animal. “Mas acho a castração muito importante porque a população aqui é carente, e dizem que, dependendo da raça, sai bem caro mandar castrar (no caso de pagar pela cirurgia particular). Daí os animais vão se reproduzindo e vão sendo jogados na rua”, testemunha.

Cláudia Peliçaro Leite, dona do Shar-pei Beni, de um ano e quatro meses, estava lá para entregá-lo para a castração. “Vai ser castrado para não fazer filhinho por aí. Se não, é muito bicho. Começa a dar cria e quem pega às vezes não cuida e joga na rua”, reforçou Cláudia, que busca em Beni garantir uma maior segurança para a família. “Ele é o cão de guarda. Cuida mesmo. Não deixa ninguém diferente nem outro bicho entrar em casa”.

A moradora da Tapera também tem um outro cachorro, o Snoopy, de seis anos, que tirou da rua para agradar a filha. Ele será igualmente encaminhado para castração numa próxima vez.

Critério

A regionalização da castração foi adotada pela Diretoria de Bem Estar Animal de forma a realizar um trabalho planejado e massificado. “Antes não havia critério. A castração era aleatória”, atestou Cavallazzi, que responde pela Pasta há poucos meses.

Segundo ele, para um cidadão ter acesso à castração do animal de estimação, é necessário apresentar identificação (e será cadastrado como o proprietário do bicho), e comprovar ter renda familiar de até três salários mínimos e ser residente em Florianópolis.

O diretor ainda explicou que existe cerca de 25 mil animais (entre cães e gatos) soltos pela Capital, mas que eles não são alvo da castração promovida pela Prefeitura. Isto porque após o procedimento cirúrgico o animal precisa ser observado pelo responsável por um período de sete dias. E não seria possível recolher os bichos de rua para fins de castração para soltá-los em seguida, sem os devidos cuidados, nem tampouco mantê-los sob a atenção do setor público.

Próximas comunidades

Depois da Tapera e de Carianos, serão contempladas com a castração regionalizada as comunidades do Rio Vermelho e de Ingleses, do Monte Crista e da Vila Aparecida, e do Maciço do Morro da Cruz.

Fotos: Mauro Vaz

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