sexta-feira, 25 de maio de 2012

Posição SETUF - greve no transporte coletivo

Redução de jornada com ganho real de salário: equação economicamente inviável

 

Após várias reuniões desde o mês de abril entre os sindicatos patronal e laboral, as negociações para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do transporte de passageiros em Florianópolis estagnaram em função de um impasse.

 

O Sintraturb, que representa os trabalhadores do setor, quer a extinção da jornada de 6h40, fazendo com que todos que estão enquadrados neste regime passem a fazer 6h.

 

Contudo, o que o Sintraturb exige como condição para não haver greve da categoria na cidade já existe. As empresas que operam na Capital oferecem os turnos de 3h, 6h e 6h40, sendo que a maioria absoluta dos trabalhadores (motoristas e cobradores) escolhe a jornada de 6h40 em função de alguns benefícios como:

 

·        Uma hora de intervalo – a jornada de 6h tem intervalo de 15 minutos

·        Possibilidade de outros ganhos– quem faz 6h não pode fazer hora extra, por exemplo.

 

Portanto, como a CCT em vigor já prevê a jornada de 6h, e se é este o desejo uníssono da categoria, basta aos trabalhadores interessados solicitar às empresas a mudança de turno.

 

O que está na mesa para que a população não fique sem transporte coletivo é a dupla oneração do sistema – a menor produtividade causada pela redução da jornada e o tradicional reajuste anual.

 

Florianópolis já tem um dos maiores salários para as categorias de motoristas e cobradores do país, além de benefícios superiores ao do serviço público municipal, como: vale alimentação de R$ 380,00, participação sobre resultado (equivalente a 5% do salário nominal) pago a cada seis meses, entre outros.

 

Fazemos este esclarecimento para que a população entenda que as empresas estão abertas para negociações razoáveis envolvendo todas as partes – trabalhadores e usuários do setor – e que sejam minimamente saudáveis para a gestão tanto das empresas quanto do poder concedente (Prefeitura).

 

O que não podemos compactuar é com uma exigência economicamente inviável que trará prejuízos para todo o transporte coletivo da Capital.

 

A Direção

 

SETUF

Um comentário:

  1. Porque não uma demisão!!!
    Todo ano é essa palhaçada.
    Enquanto tem gente dependendo do transporte público para trabalhar e ganhar umm salário mínimo sem mais beneficios. Vem os motoristas de onibus chorar por conta das ¨6h trabalhadas.
    Porque escolheram ser motoristas e cobradores então?

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