A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) realizará o primeiro Mutirão de Reconstrução Mamária, com a participação simultânea de todas as regionais existentes em 18 estados e no Distrito Federal. O objetivo é minimizar o tempo de espera de pacientes que estão cadastradas no Sistema Único de Saúde (SUS) para reconstruir a mama, total ou parcialmente, devido à remoção de tumores cancerígenos.
Em Santa Catarina, as inscrições estão abertas até o dia 31 de janeiro, podendo pleitear a operação qualquer mulher mastectomizada. "O mutirão é para reconstrução mamária pós-câncer, mas não impede que se atenda quem tenha perdido a mama em acidente", diz o presidente regional da SBCP e coordenador da iniciativa no Estado, Zulmar Accioli. O período de triagem e consultas será durante o mês de fevereiro e as cirurgias ocorrerão em data unificada em todo o País, de 5 a 9 de março.
Todas as etapas são gratuitas e as pacientes receberão o atendimento em hospitais públicos e clínicas particulares conveniadas de Blumenau, Criciúma, Florianópolis e Joinville. "Estamos fazendo a descentralização do evento para as grandes cidades", explica o cirurgião plástico, pretendendo, desta forma, que as intervenções sejam realizadas o mais próximo de suas residências.
As técnicas são variadas, desde a colocação de um expansor (balão interno) para dilatar o tecido epidérmico do seio, implante de prótese de silicone até a enxertia de pele retirada do abdômen ou das costas. Segundo o especialista, dependendo da cirurgia, o custo total pode variar entre R$ 5 mil e R$ 35 mil, caso a paciente procure por uma clínica particular. As interessadas devem entrar em contato pelo telefone da entidade, em Florianópolis: (48) 3721-8058.
Voluntariado
Centenas de cirurgiões plásticos, anestesistas, enfermeiros e instrumentistas estarão mobilizados para esta ação voluntária no Brasil. Além do próprio trabalho, serão disponibilizados de graça todo material cirúrgico, estrutura clínica-hospitalar, curativos e outros cuidados pós-operatórios. Qualquer um destes profissionais pode colaborar de forma espontânea, basta se apresentar à SBCP de seu estado.
A promoção é nacional, mas a execução cabe às regionais, cada qual angariando suas próprias parcerias para o projeto. O apoio ou patrocínio de empresas e órgãos públicos também é bem-vindo e pode significar o sucesso do alcance do mutirão. "Este será o primeiro. Faremos o máximo possível", garante o presidente da seccional catarinense.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima para 2012 o surgimento de 52.680 casos novos de câncer de mama no País, 1.630 deles em Santa Catarina. É o tipo mais temido pela parcela feminina da população, não só pela alta incidência e número de mortes, mas também pelos efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Os tumores mais agressivos ou descobertos tardiamente demandarão a mastectomia e, portanto, a reconstrução do órgão.
A espera pela cirurgia reparadora no Estado, em geral, não é muito grande, cerca de alguns meses, em comparação a outras regiões brasileiras, onde as estatísticas disparam em função da quantidade de indicações clínicas, que chega a milhares. Mas, a fila existe. O mutirão da SBCP, além de propor o andamento mais rápido, quer ajudar a paciente a "encontrar o caminho a seguir, mostrar que a reconstrução mamária faz parte do tratamento do câncer e que pode existir qualidade de vida após uma mastectomia, além de chamar a atenção para o diagnóstico precoce da doença", conclui Accioli.
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Santa Catarina
Rua Deputado Antônio Edu Vieira, n° 1414, Pantanal
Florianópolis – SC
88040-001
(48) 3721-8058
www.sbcp-sc.org.br
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
MUTIRÃO DE RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA ABRE INSCRIÇÕES EM SANTA CATARINA
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