terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Florianópolis e São José discutem Região Metropolitana

A TV Câmara São José, emissora legislativa da Câmara Municipal de São José, reuniu nesta terça-feira (14) o Prefeito Municipal de São José, Djalma Berger, e o Vice-Prefeito de Florianópolis, João Batista Nunes, para debater questões, problemas e soluções da Região Metropolitana, que podem ser adotadas pelos Municípios.

Os Prefeitos de Biguaçu e Palhoça, José Castelo Deschamps e Ronério Heiderscheidt foram convidados para o programa São José em Debate e justificaram ausência por compromissos administrativos.

Foram abordados temas como Mobilidade Urbana, Segurança Pública, Migração entre outros. Ações que precisam de ação do Governo do Estado ou em conjunto pelas Prefeituras e a efetivação da Região Metropolitana da Grande Florianópolis.

O programa foi transmitido ao vivo e será reprisado pela TV Câmara São José e na programação da emissora nos canais 23 e 11 (NET) e 28 (VIAMAX -chegando a 12 cidades do Estado: Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Biguaçu, Gov. Celso Ramos, Itajaí, Navegantes, Camboriú, Balneário Camboriú, Brusque, Criciúma e Joinville.

REGIÃO METROPOLITANA

A Região Metropolitana tem um núcleo composto pela Capital do Estado de SC - Florianópolis e os municípios vizinhos, formando uma área urbana contínua onde vivem aproximadamente 900 mil habitantes. Este núcleo metropolitano é composto por: Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz, Governador Celso Ramos, Antônio Carlos, Águas Mornas e São Pedro de Alcântara.

De acordo com o Prefeito Djalma Berger a junção de esforços da Região Metropolitana na busca de soluções de problemas, a exemplo do lixo, transporte, o próprio modelo econômico, facilita muito.

Para o Vice-Prefeito João Batista Nunes a união da Região metropolitana facilita e se torna muito mais acessível na busca de soluções: “Podemos consorciar e buscar recursos para o bem comum da região. Certas áreas não podem ser discutidas de forma isolada, precisam estar integradas, pois não adianta nada”.

 

Ainda segundo João Batista cabe ao Governo do Estado olhar para as Regiões Metropolitanas: “faltam políticas do Governo”.

TRANSPORTE URBANO

O deslocamento da população residente na Região Metropolitana da Grande Florianópolis é composto basicamente por carros particulares e ônibus, que são divididos em Linhas municipais urbanas de Florianópolis (Sistema Integrado de Transporte), Linhas intermunicipais urbanas, Linhas intermunicipais rodoviárias, Linhas municipais urbanas de São José, Linhas municipais urbanas de Palhoça e Linhas municipais urbanas de Biguaçu.

“É possível pensarmos numa grande integração”, ressaltou o Prefeito de São José, Djalma Berger: “em São José a solução do transporte é mais fácil, diferente de Florianópolis, precisamos apenas definir local para instalar Terminal Central de São José”.

 

Para João Batista a situação precisa ser discutida com urgência. “O Governo do Estado precisa construir um grande Terminal de Integração na Região Continental. Neste Terminal irão parar as linhas intermunicipais e rodoviárias para a integração, evitando assim que números excessivos de ônibus passem pela ponte, uma situação que hoje ultrapassa 900 ônibus por dia”.

 

O Transporte Marítimo na Região Metropolitana é pouco utilizado, existindo apenas uma linha regular de Transporte Lacustre na Lagoa da Conceição em Florianópolis, e algumas opções para passeios turísticos. Porém o assunto é discutido há muitos anos tanto pela iniciativa privado como pelos governantes.

 

Para João Batista o Transporte Marítimo precisa ser analisado com clareza: “Esta ação precisa partir do Governo do Estado, é o Estado quem precisa subsidiar além de incentivar estes projetos e ações na Região Metropolitana”

 

O Prefeito Djalma concorda com o Vice-Prefeito João Batista: “é um projeto para o Governo do Estado. Só vai sair do papel se Governo assumir e olhar o Sistema como prioridade. Um município não banca isto sozinho. Não há como.”

 

Para Djalma Berger a implantação do Transporte Marítimo é um sistema complexo, é querer criar solução onde existe: “muita gente acredita que o Transporte Marítimo vai resolver todas as soluções de mobilidade aqui da Região, mas não é bem assim, economicamente não é viável. É preciso diminuir tarifa – e esse não é o caso. Precisamos também de demanda - somente em Palhoça, São José e Florianópolis não funcionaria. Resumindo: o Transporte Marítimo só justificaria se houvesse diminuição do tempo do percurso e a diminuição da tarifa – caso contrário não há como”.

 

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM COMUM

 

Segundo João Batista a principal malha viária de Florianópolis é a Rodovia Estadual: “estamos sempre fadados aos caos urbano. Precisa de obras importantes a exemplo da SC 405 – uma obra estadual – e são questões com estas que impedem que se vá em frente”

 

Para Djalma Berger São José tem agravante extraordinário que é a BR 101: “é um caos, pior que Florianópolis, que tem a ponte, uma situação horrível e preocupante, precisamos colocar elevados, duplicar a via expressa da 282, assim resolveríamos parte do problema da Mobilidade Urbana por uns 10 anos”.

 

Inauguração da Beira-mar Continental, Duplicação da SC 401, revitalização da Beira-mar Norte, dragagem para revitalizar a Lagoa da Conceição: “Essas são algumas de nossas ações em Florianópolis, estamos fazendo nossa parte, e o Governo precisa fazer a parte deles”, abordou João Batista.

 

SEGURANÇA PÚBLICA

 

“A Segurança Pública Djalma é um problema nacional e precisa ser encarado de frente com aumento de efetivos, equipamentos, câmeras monitoramento: Fizemos o que podemos a exemplo do convênio realizado com o Governo do Estado para instalação das câmeras monitoramento, instalação de centrais e delegacias” exemplificou Djalma Berger reforçando: “o índice é muito alto, precisamos combater a violência, e segurança só teremos quando o Governo nos der contingente de funcionários”.

 

Penitenciária, Central de Triagem, São Lucas

É possível chegar consenso?

 

Djalma: “Cada município é responsável por seus presos. Com certeza São José vai permitir que o Governo construa um Centro de Triagem para cuidar dos presos, porém apenas os presos de São José. Os Municípios precisam assumir suas responsabilidades e Governo fazer os investimentos”.

 

João Batista: “A questão da penitenciária é uma questão de vontade política. Precisa estar numa região não povoada e protegida. Numa área proibida de habitar. Veja o caso do bairro da Agronômica – os morros estão ocupados por parentes dos presos”.

 

 

 

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