quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MPSC lança nova campanha contra violência sexual contra crianças e adolescentes

O Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude Ministério Público de Santa Catarina (CIJ) e o Fórum Catarinense pelo Fim da Violência Sexual Infanto-Juvenil lançam, nesta sexta-feira (24/9), nova campanha contra violência e exploração sexual de crianças e adolescentes. A data foi escolhido por ser o Dia Estadual de Combate à Violência e à Exploração Sexual Infanto-Juvenil.

 

O lançamento será realizado às 14 horas, no auditório da Federação do Comércio de Bens, de Serviços e de Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC), que apóia a campanha junto com a Associação Catarinense dos Supermercados (ACATS), Lojas Koerich e a agência D/Araújo, que desenvolveu o material publicitário, que inclui cartazes, folders, spots para rádio, outdoor e propaganda para televisão.

 

A campanha almeja erradicar, por meio do esclarecimento e da conscientização da sociedade catarinense, o abuso e a exploração sexual contra a criança e o adolescente no Estado. Entre 2006 e 2008 foram atendidos pelo Programa Sentinela 21.856 casos de abuso e exploração sexual, o que revela uma média de 607 casos por mês ou 20 casos por dia em Santa Catarina.

 

Para a Promotora de Justiça Priscilla Linhares Albino, Coordenadora-Geral do CIJ, a violência sexual contra a criança e o adolescente é uma das violações mais perversas de direitos, pois fere, ao mesmo tempo, o direito à saúde (física e emocional), à liberdade, ao respeito e à dignidade da vítima.

 

Priscilla acrescenta que é necessário alertar a sociedade brasileira para o fenômeno do abuso e da exploração sexual infanto-juvenil, que é, ainda, cercado de mitos, tabus, medos, omissões e, até mesmo, indiferença. "Esta situação faz com que essa forma de violência avance e, a cada dia, mais e mais crianças e adolescentes sejam vitimizados", considera a Coordenadora do CIJ.

 

A Promotora de Justiça acrescenta, ainda, que, segundo especialistas, apenas 10% do total de situações de abuso sexual intrafamiliar são revelados, uma vez que, dentro do núcleo familiar ainda prevalece a lei do silêncio. "Tanto o ato de violência quanto a omissão se opõem à proteção integral de direitos e garantias que o constituinte e o legislador estatutário reservaram aos nossos meninos e meninas. Contudo, apesar da letra da lei, ainda há muito por caminhar", finaliza. O auditório da Fecomércio está localizado na Rua Felipe Schimidt, nº 785, 5º andar, no Centro de Florianópolis.

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