quarta-feira, 28 de abril de 2010

Prefeitura oferece atendimento oftalmológico a estudantes da rede municipal

Prefeitura oferece atendimento oftalmológico a estudantes da rede municipal

Alunos que apresentam necessidades de correção ocular, bem como prescrição de óculos, ganham atendimento especializado. Ações fazem parte do Programa Saúde na Escola.

 

Para que o aluno tenha um bom aproveitamento escolar, além de tirar boas notas, um conjunto de fatores contribui para este processo. E um deles é essencial: a boa visão. A consulta a um oftalmologista ainda durante a infância pode prevenir muitos problemas, ou detectar outros que podem ser corrigidos. Os distúrbios visuais são freqüentes e podem afetar o aprendizado.

Os profissionais das Secretarias Municipais de Educação e da Saúde de Florianópolis, ligados ao Programa Saúde na Escola (PSE), do Ministério da Educação, estão orientando os professores da rede de ensino para detectar possíveis problemas de visão. Cada criança atendida passa por uma triagem, onde é feito um diagnóstico básico.

Entre as unidades educativas que já passaram, este ano, por esse procedimento estão as Escolas Básicas Acácio Garibaldi São Thiago (Barra da Lagoa), Luiz Cândido da Luz (Vargem do Bom Jesus), Maria Conceição Nunes (Rio Vermelho) e Beatriz de Souza Brito (Pantanal). Entretanto, todas as escolas da rede já estão habilitadas e em fase de conclusão das triagens.

Após essa etapa, os estudantes que necessitarem de consulta oftalmológica serão direcionados ao centro de saúde mais próximo para agendar uma consulta no Instituto da Visão Assad Rayes ou no Instituto dos Olhos Florianópolis, credenciados a prefeitura. Podem se consultar estudantes de 1º ano, alunos ingressantes (independente da idade) e crianças que já utilizam óculos. No ano passado, todos os alunos da rede municipal fizeram a triagem.

Para a médica pediátrica e coordenadora do PSE pela Secretaria Municipal da Saúde Jane Laner Cardoso os problemas de baixa visão não são detectados durante os anos iniciais de vida, e com o crescimento da criança é percebida uma dificuldade de aprendizagem por parte dos alunos devido à falta de conhecimento da doença. “As triagens são feitas para observar os casos que não apresentam sintomas, e com isso dificultam o aprendizado dos estudantes”, esclarece.

Glaucoma

Um desses problemas citados por Jane, que não apresentam sintomas e só podem ser detectados por médicos oftalmologistas é o glaucoma, doença ocular caracterizada - na maioria dos casos - pelo aumento da pressão intra-ocular que provoca danos estruturais e funcionais do olho. Outros, menos graves, e que também afetam o rendimento dos estudantes podem ser facilmente corrigidos se detectados precocemente.

Especialistas atestam que a primeira consulta ao oftalmologista deve ser feita entre 3 e 5 anos de idade. Entretanto, advertem a necessidade de uma nova consulta quando a criança ingressar no primeiro ano do ensino fundamental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 500 mil crianças ficam cegas anualmente no mundo. Desse montante, aproximadamente 70% acabam morrendo nos primeiros anos de vida, em decorrência de problemas associados à doença que causou o comprometimento visual. Segundo a OMS, estima-se que 60% das causas de cegueira e severo comprometimento visual infantil são previsíveis ou tratáveis.

 PSE

Desde 2008, o Programa Saúde na Escola é desenvolvido principalmente nas escolas básicas e desdobradas pertencentes à Secretaria de Educação de Florianópolis. O objetivo é desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde integral das crianças de 6 a 10 anos de idade, divulgando informações educativas sobre os principais cuidados com o corpo e com a saúde do organismo.

Uma das coordenadoras do Programa Saúde na Escola pela Secretaria de Educação em Florianópolis, Giorgia Wiggers, explica que a proposta é disseminar informações educativas entre as crianças, proporcionando a adoção de hábitos que contribuam para o desenvolvimento saudável das crianças e, principalmente, a aproximação entre os centros de saúde e as escolas, num trabalho conjunto que resultará em crianças mais saudáveis, conscientes e dispostas aos estudos.

“As atividades do PSE buscam educar as crianças para que elas aprendam a cuidar melhor do próprio corpo, adotando hábitos que contribuam para o seu crescimento saudável e também para a prevenção de inúmeras doenças. Criança saudável tem mais disposição e as possibilidades de aprendizagem são maiores”, destaca a coordenadora.

Eixos

Entre os temas incluídos no PSE, estão a importância das vacinas, prevenção de doenças, cuidados com a alimentação, higiene corporal entre outros. Cada escola envolvida no programa tem um professor responsável que mantém contato direto com um agente de saúde da região onde a escola está localizada.

O programa apresenta cinco eixos de atuação, são eles: monitoramento em saúde, nutrição e atividade física, educação para saúde sexual, agravos externos (prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas, prevenção de câncer de pele e educação para o trânsito) e saúde mental.

O Programa Saúde na Escola (PSE) foi instituído pela Presidência da República, por meio do Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, em ação conjunta dos Ministérios da Educação e da Saúde, com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de Educação Básica, por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.

 

Eixos de Atuação do Programa Saúde na Escola (PSE)

1. Monitoramento em Saúde

Saúde Bucal, Oftalmológica (triagem, consulta e feitio de óculos), Saúde Auditiva (triagem, encaminhamentos), Calendário Vacinal (atualização e acompanhamento)

2. Nutrição e Atividade Física

Atividades de acompanhamento e monitoramento da alimentação servida nas unidades educativas, exames antropométricos, e estímulo ao desenvolvimento físico e motor dos estudantes.

3. Educação para Saúde Sexual

Ações de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce e homofobia.

4. Agravos Externos

Prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas, prevenção de câncer de pele e educação para o trânsito.

5. Saúde Mental

Grupos de escuta formado pelas Unidades Escolares e Postos de Saúde para análise dos casos que surgirem nas escolas.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário